O que aprendemos com Luciano Huck e o acidente que seu filho sofreu
Imagine que, durante um feriado feliz, seu filho sofre um acidente grave enquanto anda de skate, de bicicleta, ou joga bola. É uma daquelas cenas que a gente evita imaginar, que dá desespero só de pensar etc.
Foi o que devem ter sentido Angélica e Luciano Huck quando viram a gravidade da situação de Benício, filho do meio do casal. Ele caiu enquanto praticava wakeboard, um esporte comum no litoral, geralmente praticado por pessoas endinheiradas. Uma prancha é fixada nos pés da pessoa e puxada por um barco. Radical, né? A criançada não acha muito — ou acha, e quanto mais radical, melhor.
A questão no acidente de Benício é que o garoto bateu a cabeça na prancha quando caiu e sofreu um afundamento do crânio. Passado o susto enorme — ele estava na baía de Ilha Grande, onde eles têm casa –, Luciano fez um post em seu Instagram agradecendo as orações e torcida e dizendo que estava tudo bem. E o mais difícil, tocando no ponto central da questão: seu filho estava sem capacete.
É difícil controlar a criançada quando o assunto é ser radical. Especialmente na pré-adolescência e na adolescência, quando correr perigo é divertido. A gente fica o tempo todo se controlando para não ser o adulto chato que acaba com a graça da brincadeira. Mas tem coisa que é essencial, como cinto de segurança e capacete em esportes radicais.
Luciano falou disso de uma maneira muito aberta, admitindo que o susto foi porque os pais não cobraram que ele usasse o acessório. E fez isso para seus 16 milhões de seguidores. "Aprendam o que nós aprendemos", ele diz.
Que legal que é ter a coragem de usar uma ferida aberta (um filho machucado é uma dor profunda) para dizer em voz alta o próprio erro, na iniciativa de alertar mais gente. É tão difícil dizer que falhou, ainda mais quando se trata de algo que podia ter custado a vida do filho. Mas falar sobre isso pode ajudar muita gente.
Sem medo de ser chato, é importante continuar falando, como disse Huck: segurança em primeiro lugar. E dar exemplo conta muito nesses casos. Por isso, pais, usem cinto de segurança e capacete, e obriguem todo mundo a usar. Esses conceitos ficam para sempre conosco.
Homem que reconhece o erro
Uns meses atrás, a minha amiga Nina Lemos fez um texto sobre Luciano Huck, que havia feito um comentário bem machista a respeito de uma mulher. Ela ficou surpresa quando, alguns dias depois, o próprio Luciano escreveu um e-mail a agradecendo pelo texto e dizendo que ela havia contribuído para sua reflexão.
Nina também ficou feliz: se tem uma coisa que deixa feminista contente, acredite se quiser, é quando o diálogo de homens e mulheres é engrandecedor para os dois gêneros.
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